¬ Tudo o que você sempre quis saber sobre a Bovespa mas nunca tiveram coragem de lhe contar

Já decidiu onde colocar seu suado dinheirinho? A Bovespa foi até você? Não!? Então espero que eu consiga chegar antes dela para que, ao chegar da bolsa, você possa fazer algumas perguntas interessantes aos vendedores de milagres.

O artigo está dividido em duas partes, na primeira falo de modo sucinto o que é a bolsa, sua finalidade, riscos etc, para, na segunda parte, mostrar o que efetivamente ocorre dentro dela.

A Bolsa, no Brasil conhecida como Bovespa, é um recinto físico onde se negociam pedaços de empresas, que são denominados ações. Cada pequeno pedaço desse tem um preço, em reais. Todavia, a negociação de apenas um pedaço não teria muito sentido. Exemplo: Uma ação da Petrobrás custa, hoje, R$18,00. Como não tem sentido negociar apenas R$18,00 essas ações são negociadas em lotes de 100. Assim, a compra mínima que faríamos de ações da Petrobrás seria por lotes, e cada lote me custa R$1.800. Aqui vem a característica importante da bolsa, ao comprarmos ações nos transformamos em sócios dessas empresas, assumimos também os riscos do negócio. Por isso a ideia de que a bolsa é um jogo é equivocada, é apenas um lugar onde as empresas conseguem mais dinheiro, portanto mais sócios, para novos investimentos. Logicamente, se a empresa tem lucro no fim do ano eu ganho um pedaço desse lucro, chamado de dividendo, que é proporcional à quantidade de ações que tem o investidor. Percebe-se então que são duas as formas de lucrar com ações: recebendo uma parte do lucro na forma de dividendos ou comprando na baixa e vendendo na alta.

O acesso ao mercado acionário hoje ficou bastante facilitado com o avanço da internet. Posso, assim, comprar ações em casa apenas acionando uma corretora online, o home broker. Pago por isso uma taxa de corretagem que é o que ganha a empresa que fez a transação pra mim. Como os custos de operação cairam bastante com a popularização dos home brokers isso foi repassado ao cliente. Hoje pagarmos uma corretagem fixa que gira entre 10 e 25 reais por cada operação de compra ou venda, ou seja, ao comprar e vender uma ação eu gasto R$10 na compra e R$10 na venda.

Observem que ao negociarmos uma ação o fazemos por códigos, que são abreviações dos nomes das empresas, seguidos por números, sendo o 4 para ações preferenciais (tem a preferência na distribuição dos lucros, mas não dão direito a voto) e o 3 para ordinárias (dão direito a voto na assembléia dos acionistas). Assim, PETR4 significa ação preferencial(4) da Petrobras(PETR), NATU3, ações ordinárias da Natura etc. A diferenciação entre PN (preferenciais) e ON (ordinárias) visa incentivar as empresas a abrirem o capital. A lei determina que, no mínimo, 1/3 das ações devem ser ON, e 2/3 do capital da empresa pode ser vendido via ações PN. Com isto, os proprietários podem vender mais da metade do patrimônio da empresa, sem que percam o controle acionário, pois venderiam a maior parte como PN, que não dá direito a voto. Em alguns casos a empresa emite apenas ações ON sem a preocupação de perder o controle, como fez a Souza Cruz (CRUZ3). Podemos ainda ter outros números após as 4 letras: 5, 6, 7 e 8. Neste caso também temos um papel preferencial, mas de classes diferentes. O número 5 significa que a ação é preferencial classe A (PNA), como a VALE5, por exemplo. O número 6 indica ação preferencial classe B (PNB), o 7 significa  classe C (PNC) e o 8 classe D (PND). No entanto, não há uma diferença específica entre as classes, cada empresa as trata de maneira distinta dentro dos seus estatutos.

Quando dizem que determinada ação fechou em alta ou em baixa estão apenas comparando os preços do fechamento de um dia com o preço de fechamento do dia anterior. Se no pregão (horário de negociação) do dia 10 a petr4 fechou em R$22 e no dia 11 fechou em R$23 temos uma alta de 4,54% (23\22). Sobre esse ganho de 4,54% pagamos 15% de imposto de renda (IR). Contudo, esse imposto só é devido se a soma das vendas efetuadas ao longo do mês for superior a R$20.000, o que favorece os pequenos investidores.

Quando juntamos as 60 principais ações negociadas em bolsa e acompanhamos suas oscilações, em conjunto, temos o comportamento da Bovespa, medido por um índice, o Ibovespa. Logo, precisamos de cerca de apenas 60 ações para mostrar o comportamento de todas as empresas da bolsa, aproximadamente 400, até porque estas 60 representam mais de 80% do volume negociado da Bovespa. Entretanto, esse número de ações na carteira pode mudar, bem como a posição de cada ação dentro dela, de acordo com os volumes negociados. Por isso a carteira é reavaliada a cada 4 meses. ( as ações que compõem a carteira teórica estão disponíveis no site da Bovespa - BM&F). Vejamos, simplificadamente, como é calculado o Ibovespa.
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AÇÃO(quantidade de ações) Participação na carteira1 pregão2 pregão
preçopreço x quantidadepreçopreço x quantidade
A3.000 (30%)$1,103.300$1,203.900
B2.000 (20%)$2,204.400$2,104.200
C4.000 (40%)$2,008.000$1,957.800
D1.000 (10%)$0,90900$1,101.100
TOTAL10.00016.600 pontos17.000 pontos

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De um pregão para outro o índice apurou uma variação positiva de 2,41% [(17.000/16.600) -1], resultando em uma valorização média das ações que o compõem- ou seja, a bolsa cresceu 2,41% no dia. Essa metodologia é a mesma para todas as bolsas ao redor do mundo. Nos Eua, por exemplo, temos uma série de índices, sendo os mais importantes: Dow Jones Industrial, que pega as 30 maiores empresas (General Motors, Goodyear, IBM Citigroup, Apple, Exxon, Boeing, McDonald's etc);  S&P500, que engloba as 500 maiores empresas; Nasdaq, para as ações de tecnologia, que ao contrário das demais, utiliza todas as ações listadas no cálculo do índice, cerca de 3.000.

Observação: o processo formal de venda de ações em bolsa deve ser segmentado em 3 etapas, que podem, ou não, estar juntas. Na primeira etapa a empresa entra com um pedido de registro de companhia aberta na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que é o órgão regulador e fiscalizador do mercado de capitais brasileiro. Na segunda, que geralmente ocorre ao mesmo tempo da primeira, faz uma solicitação de autorização para realizar uma venda de ações ao público, tecnicamente conhecida como distribuição pública de ações. Como se trata da primeira colocação pública de títulos da companhia, é chamada de Oferta Pública Inicial, em português, ou IPO (sigla em inglês para Initial Public Offering). Assim, a expressão “abertura de capital” significa o processo conjunto de registro de companhia aberta e sua IPO, a primeira venda de ações ao público, isto é, as etapas 1 e 2. A terceira etapa, opcional, é solicitar junto à CVM, a listagem da empresa na BOVESPA. Somente as empresas que obtêm esse registro podem ter suas ações negociadas na Bolsa.

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BOLSA DE VALORES, MENTIRAS E VÍDEO TAPE

Cabe lembrar que todas as operações realizadas em bolsa ficam registradas, e aí entra a vantagem dos home brokers. Eles evoluíram  bastante  e podemos consultar quem comprou ou vendeu determinada ação, bem como as respectivas quantidades compradas e vendidas no dia. Ou seja, é só apertar o PLAY e temos um VT do histórico da bolsa. Exatamente aqui a bolsa deixa de ser algo racional, por se tratar de investimento, e passa a ser uma fonte interminável de manipulação, sem controle. A bem da verdade há um órgão regulador, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Mas sua atuação, pra mim, é extremamente limitada. E limitada porque apesar de ter todas as informações sobre as movimentações diárias pouco tem feito para resolver negociações altamente suspeitas que acontecem em bolsa. Isso acaba afetando apenas os pequenos investidores que operam diretamente, hoje cerca de 23% das negociações em bolsa; além deles, outros tantos %, que não sei estimar, mas certamente superior a esses 23%, que também são pequenos investidores mas não sabem o que acontece com seu dinheiro dentro dos fundos de investimento. Fora estes 23% que operam diretamente (e que mais se veem perdidos pois monitoram diretamente suas ações, ao contrário dos que depositam em fundos de renda variável), o resto das transações é feita pelos institucionais, ou seja, fundos de investimento em ações. Estes últimos, apesar de movimentarem dinheiro de seus clientes (chamados de cotistas e em sua maioria pequenos investidores pessoa física) não estão, via de regra, nem um pouco preocupados com os  lucros que estes cotistas possam ter, até porque comprando ou vendendo ações do dinheiro depositado nos fundos eles terão seu ganho garantido, a corretagem.

O que se vê então é uma grande negociação, desnecessária, por parte desses fundos para apenas abocanharem essa corretagem. Quanto a isso não há controle algum, e explica por que às vezes, muitas das vezes, vemos uma ação cair muito forte, ou subir muito forte sem nenhum motivo aparente, sem nenhuma noticia de elevação ou queda em seu lucros. Basta olhar as operações diárias para identificar a quantidade enorme de corretoras que compram e vendem, delas próprias, a mesma quantidade ao longo do  pregão. Acreditar que ela se assustou no começo e vendeu um lote enorme de ações, e no fim do dia se arrependeu e o recomprou, é, no mínimo, ingenuidade - eu tenho alguns print screen com operações casadas de compra e venda que renderam corretagens bizarras para apenas uma corretora, em apenas algumas horas. Acreditem, é de assustar, e nos envergonhar. Tudo se resume unicamente a lucrar com a corretagem. Vejam abaixo se concordam comigo que foi apenas “coincidência”.


No dia 24/10/2010 a corretora número 109 (Merryll Lynch) comprou e vendeu dela mesma (alguém também está se perguntando por que dela mesma?!), às 12:07:34 (isso, e 34 segundos!) 174.000 ações da randon (rapt4) ao preço de R$11,91, o que dá um total negociado de R$2.072.340 (dois milhões de reais, setenta e dois mil e uns trocados). Duas observações: 1) apenas essa operação gerou em 1 segundo o que as ações dessa empresa costumam girar, em média, ao longo de todo o dia, isto é, nos 25.200 segundos de pregão; e isso foi feito por apenas uma corretora, e repito, em 1 segundo de negociação. 2) uma conta boba: suponhamos que a corretora receba um % para fazer a negociação, o que ainda é normal no mercado, e que ele seja, por baixo, 0,1% do volume negociado na compra e 0,1% na venda. Assim, essa corretora (banco) teria 0,2% do total, o que daria, EM 1 SEGUNDO, R$4.144 de corretagem, apenas com essa ação que tem um giro baixo por ser de 2ª linha (ações com baixo volume diário de negociações). Imaginem o que não aconteceu com as outras centenas de ações que essa empresa negociou em bolsa no dia, inclusive com algumas ações tem um giro diário acima dos 500 milhões de reais, como Petrobras e Vale.

Não fui convincente? Mais uma abaixo:


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Notem a coincidência incrível no fechamento do pregão do dia 6 de janeiro de 2011 com os bancos Credit Suice (45) e Golman Sachs (238) negociando ações da Renner (lren3) à esquerda e Usiminas (usim5) à direita. Compravam e vendiam no mesmo momento, uma da outra, exatamente as mesmas quantidades (98K da primeira e 378K da segunda), nem uma açãozinha a mais ou a menos.

Mais uma? Vejam a reportagem na infomoney recentemente: "Empresas lucram com IPO naufragado em prejuízo dos minoritários: um dos casos mais recentes é o da Laep, que pretende fechar o capital da empresa pagando R$0,517 por ação; quem comprou no IPO amarga 99,9% de prejuízo". O artigo apareceu depois de mais uma aprontada pelo senhor Eike Batista ao fechar o capital (OPA - oferta pública de aquisição) da LLX, que terá uma oferta pública de R$3,13 por ação, sendo que no seu lançamento, em julho de 2008, na IPO (oferta pública inicial) o preço para os acionistas foi de R$4,90. Quem comprou acreditando no investimento amargou 36,12% de prejuízo. Parece ser uma nova onde de golpe contra os acionistas minoritários, lanço as ações fazendo alarde e as vendo caras. Depois dou um jeito de fazer com que sua cotação despenque e as recompro baratas.

E o que a CVM diz sobre tudo isso, sobre esse lucro fácil com o dinheiro dos outros? Absolutamente nada! E está tudo registrado lá, só não vê quem não quer ver. Mas quais são as atribuições da CVM, afinal. Segundo sua cartilha (www.cvm.gov.br):

- "proteger os titulares de valores mobiliários e os investidores do mercado contra: atos ilegais de administradores e acionistas das companhias abertas, ou de administradores de carteira de valores mobiliários;

- evitar ou coibir modalidades de fraude ou  manipulação destinada a criar condições artificiais de demanda, oferta ou preço dos valores mobiliários negociados no mercado"

Também constam em sua bela cartilha (página 9) as penalidades possíveis: "advertência, multa, suspensão ou inabilitação para o exercício do cargo e suspensão ou cassação da autorização ou registro (...)". Na página 14 continua: "Com vistas a manter a confiabilidade do mercado e visando atrair um contingente cada vez maior de pessoas, há necessidade de um tratamento equitativo a todos os que dele participam, devendo se dar destaque especial ao investidor individual que, em face do seu menor poder econômico e menor capacidade de organização, precisa de proteção, de forma a resguardar seus interesses no relacionamento com intermediários e companhias (...) Essa proteção, contudo, não deve distorcer as características de risco inerentes às aplicações em valores mobiliários"

Se alguém acompanhou o comportamento de apenas uma ação ao longo do ano de 2011 sabe da ausência de controle da CVM de que estou falando: a mundial (MNDL4). Ela saiu de R$0,30 centavos por ação em abril de 2011 para apenas 4 meses depois, em agosto, chegar a R$5,1, o que dá uma alta assombrosa de 1.600%. O estranho, e isso a CVM teria que nos explicar, é como tamanho otimismo desagua em um brutal pessimismo a ponto de a ação voltar para a casa dos R$0,40 ainda no final do mês de agosto.  Dos 5,1 para 0,4 temos uma queda, também impressionante, de 92%.

Ainda não consegui lhe convencer? Então vai mais uma. Montei, com um ex sócio, entre 2002 e 2003 um clube de investimento, o primeiro do estado. Na época entramos em contato com algumas corretoras, e uma de São Paulo nos fez uma proposta. Não havia home broker naquele ano e as operações eram feitas por telefone e com corretagem de 0,5% por operação. A certa altura, conversando com o representante da corretora, negociamos uma redução na corretagem. Ele aceitou e perguntou por meio de qual agente autônomo nós (eu e o outro sócio), enquanto gestores, receberíamos o abatimento da corretagem. Dissemos, então, que o abatimento seria repassado aos cotistas. Ele disse que isso não era praxe, que a regra era o gestor receber, por fora, esse desconto. Ou seja, nós gerenciávamos o dinheiro dos cotistas (muitos dos quais amigos, namoradas etc) e a regra do mercado era que ao invés de pagar 0,5% nas operações o clube pagasse 0,4%, o outro 0,1% eu receberia por fora. O clube então continuaria pagando os 0,5%, seria apenas uma maracutaia para que eu enquanto gestor fizesse um trocado. Nos recusamos, porque aquilo além de ilegal era imoral do nosso ponto de vista, e assim repassamos a redução para o Clube. Mas, o que fizemos não era praxe, segundo o representante dessa corretora paulista, de porte razoável.

Ou seja, como os cotistas não sabem disso tudo que acontece nos bastidores fica tudo numa boa. E as desculpas dos fundos de investimento para a queda no valor das cotas (ou seja, na rentabilidade dos fundos de investimento em ações), é sempre a mesma: GANHOS PASSADOS NÃO GARANTEM GANHOS FUTUROS, ou, BOLSA É INVESTIMENTO DE LONGO PRAZO. São frases verdadeiras que todo mundo que opera em bolsa deve, ou deveria saber. São explicitadas o tempo todo aos cotistas, só não dizem toda a verdade, não falam de suas negociações diárias desnecessárias que tiram dinheiro dos depositantes. Os 23% de pessoas físicas (enquadram-se enquanto pessoas físicas também os clubes de investimento, são um tipo de fundo de investimento com poucos investidores, os quais possuem contato mais próximo com o gestor da carteira) que operam via home broker acabam ficando indefesos diante das brutais oscilações nos preços de suas ações, porque pra eles, interessa que os preços das ações subam. E, por mais que tenham feito boas análises, ou acreditem no potencial da empresa, acabam ficando perdidos pois, do lado oposto, os outros 70% (institucionais, 34%, e estrangeiros, 34%) não estão preocupados se elas vão subir ou cair, até porque vendendo na baixa ou na alta estes últimos tem seu lucro, na forma de corretagem, garantido. (clique aqui e veja a participação dos investidores na bolsa)

Esse é o aspecto mais sórdido dentro da Bovespa, e é óbvio que além da omissão da CVM a própria Bovespa poderia criar algum mecanismo de controle. Mas ... a Bovespa lucra sobre cada compra e venda de ação, uma taxa chamada de emolumentos. Assim, quanto mais se negocia em bolsa mais lucra a Bovespa. Alguém acredita que ela estaria interessada em impor algum limite que diminuiria o giro em bolsa e com isso seus lucros?

Acho que isso reduziria sim o volume negociado, mas pouparia a bolsa de fortes oscilações, afugentaria menos os pequenos investidores e seria mais justo com aqueles que, apesar de não operarem diretamente, estão na bolsa ao depositarem seu dinheiro em um fundo de investimento, sendo também acionistas. E o mecanismo seria demasiadamente simples. Basta baixar uma norma, a corretora que comprou e vendeu de si mesma quantidades idênticas receberá uma multa pesada, pois isso não tem explicação lógica, ou econômica, só especulativa. Indo além, acho que compras e vendas casadas iguais (de 100%) não seriam suficientes. Digamos que o volume de compra e venda não possa ultrapassar 60%. Assim, se uma corretora comprou 100.000 ações ela pode vender no máximo 59.999 ações no mesmo dia. Se vendeu 60.000, MULTA!

Então, fique atento, bolsa não é pra principiantes, sejam eles operando diretamente ou deixando que os bancos façam isso pelos seus fundos de investimento em ações. Você estará lutando não só contra as incertezas do mundo empresarial, porque agora você é um sócio e seu negócio pode não ir bem, o que é normal, mas também contra os peixes grandes que se não se interessam nem pelo dinheiro dos clientes que eles administram por que estariam preocupados com você!? E quando aparecer o tal do “a bolsa vai até você” peça mais informações, pergunte dos mecanismos de controle etc. Certamente irão engasgar, pois estão ali apenas enquanto vendedores. E, como você já sabe, boa parte dos vendedores não estão preocupados se você gostará do produto/serviço, querem apenas lhe vender. No caso da bolsa eles tem a velha desculpa: "não se preocupe se cair, é um investimento de longo prazo". Se vierem com essa, "grite", como fez o famoso economista Keynes no século passado: ‘Calma lá cara pálida, que papo é esse? Quão grande é esse longo prazo? Afinal, no longo prazo estaremos todos mortos’.

2 comentários:

  1. sou leigo quando o assunto é bolsa de valores, mas eu acredito no que foi exposto acima, afinal, se por exemplo a ação da Petrobras, está sendo negociada a R$18,00, então eu pergunto: quem está vendendo? e quem está comprando? Afinal, se eu paguei R$30,00 por ação e se eu não estou precisando de dinheiro, porque então eu venderia por R$18,00 afinal a Petrobras, pelo que sei está dando lucro e não está falida, logo não justifica uma desvalorização tão grande. Será que a União que é a maior dententora de ações da petrobras está vendendo suas ações?

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  2. Tarcísio10/05/2011

    Gabriel, na verdade vc é o pequeno investidor, vc n está vendendo. Os grandes investidores institucionais estão vendendo pra ganhar corretagem, e como eles representam 70% do total dos negócios n há muito o que fazer. O prejuizo fica com os cotistas que deram dinheiro pra esses bancos aplicarem. A desculpa do banco pro dinheiro perdido por esses cotistas pelas vendas efetuadas é que a bolsa é algo volátil.

    Essa observação q fiz acima é um raciocínio relativamente simplório. No caso da petro, se caiu muito é pq efetivamente n há interesse nela, já que há muita ingerência do governo nos preços do combustivel aqui dentro, que pela cotação internacional do petroleo deveriam ser mais elevados, dando mais lucro pros acionistas. Como o governo não permite isso os investidores vendem. Um outro fator é o desaquecimento mundial que faz com que o preço do petróleo caia la fora e as perspectivas de lucro da petro diminuam. Como se vê há fatores sim que afetam a queda ou alta de determinada ação ou da bovespa, e tem q ser assim. Mas, a venda exagerada é que é desnecessária e feita só pra ganhar corretagem. Até pq n tem sentido alguém vender 100 mil ações da petro, ou qualquer outra empresa, pra ela mesma no mesmo segundo, minuto ou dia. Entendeu?

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